Sentado num segundo andar de uma ruela pequena mas movimentada em Barra da Lagoa, Ilha de Santa Catarina, abro o moleskine e passo uma vista de olhos pelos últimos dias e pelos 10 posts que tenho de escrever sobre o meu último mês no Chile. Decido saltar esse período e guardar os posts, escritos em tópicos, para outras alturas. Quando os postar vão estar com a tag Remirada. Mas agora, agora é tempo de seguir viagem.
A saída de Santiago foi triste. Muito. A lágrima chegou a estar cá fora à medida que me afastava de Casa em direcção ao aeroporto. Quis o destino - ou o motorista - que fizessemos um percurso que apanhou alguns dos lugares marcantes da minha vida este semestre. A Casa Central da PUC, jardins, ruas no Centro, tudo visto da perspectiva das cinco da manhã, quieto, solene, cinzento. De luto. De despedida. Chegara ao fim.
Começava uma nova etapa - a Viagem pela Sudamérica. Tudo muito lento no aeroporto, mais os 144 dólares de excesso de bagagem, eu a atrasar-me com todos estes problemas, sem dormir, mais o Starbucks fechado. Uma conjugação de factores que me empurrava de volta para Santiago. Resoluto, opus-me a tudo e lá saí. Para o Rio.
Avião da LAN Chile impecável, televisão em cada banco, sozinho numa fila de três lugares, a viagem ideal para me desligar do facto de estar a sair de uma ciudad a que me habituei a chamar de minha, do semestre mais brutal da vida.
Atravessar a Cordilheira dos Andes foi o marco. O cortar do cordão umbilical - já não sou mais chileno, santiaguino, sou um cidadão destra Maíuscula América, seja de que país for.
O Brasil não me chamava especial atenção, queria sair de lá o mais rápido possível para voltar a mergulhar no imenso mundo hispano-americano a que me habituei a pertencer. O Rio, talvez sentindo esta minha quase hostilidade, recebeu-me com as luzes dos corredores e das salas do aeroporto sem funcionar, sem hipótese de trocar dinheiro. Lá me meti num táxi e cheguei ao Leblon. Banho no mar e filet com queijo no Bigpólis depois, estava atolado em água - levantou uma tempestade tropical que só nos largou quando, um dia depois saímos do Estado do Rio de Janeiro.
Hei-de lá voltar em Fevereiro, alimentado por histórias do Bessa sobre a Cidade Maravilhosa. E aí vou querer viver tudo. E o Rio vai receber-me com sol e luz. E até o filet com queijo vai saber melhor.
A saída de Santiago foi triste. Muito. A lágrima chegou a estar cá fora à medida que me afastava de Casa em direcção ao aeroporto. Quis o destino - ou o motorista - que fizessemos um percurso que apanhou alguns dos lugares marcantes da minha vida este semestre. A Casa Central da PUC, jardins, ruas no Centro, tudo visto da perspectiva das cinco da manhã, quieto, solene, cinzento. De luto. De despedida. Chegara ao fim.
Começava uma nova etapa - a Viagem pela Sudamérica. Tudo muito lento no aeroporto, mais os 144 dólares de excesso de bagagem, eu a atrasar-me com todos estes problemas, sem dormir, mais o Starbucks fechado. Uma conjugação de factores que me empurrava de volta para Santiago. Resoluto, opus-me a tudo e lá saí. Para o Rio.
Avião da LAN Chile impecável, televisão em cada banco, sozinho numa fila de três lugares, a viagem ideal para me desligar do facto de estar a sair de uma ciudad a que me habituei a chamar de minha, do semestre mais brutal da vida.
Atravessar a Cordilheira dos Andes foi o marco. O cortar do cordão umbilical - já não sou mais chileno, santiaguino, sou um cidadão destra Maíuscula América, seja de que país for.
O Brasil não me chamava especial atenção, queria sair de lá o mais rápido possível para voltar a mergulhar no imenso mundo hispano-americano a que me habituei a pertencer. O Rio, talvez sentindo esta minha quase hostilidade, recebeu-me com as luzes dos corredores e das salas do aeroporto sem funcionar, sem hipótese de trocar dinheiro. Lá me meti num táxi e cheguei ao Leblon. Banho no mar e filet com queijo no Bigpólis depois, estava atolado em água - levantou uma tempestade tropical que só nos largou quando, um dia depois saímos do Estado do Rio de Janeiro.
Hei-de lá voltar em Fevereiro, alimentado por histórias do Bessa sobre a Cidade Maravilhosa. E aí vou querer viver tudo. E o Rio vai receber-me com sol e luz. E até o filet com queijo vai saber melhor.
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