Te pito o te henúa. Expressão rapanui (língua de Rapa Nui) para dar o nome à Ilha.
Do que tenho vivido em Santiago nos últimos 20 dias tem afastado qualquer hipótese de passar muito tempo em Casa ou, se cá, do computador. A emoção dos acontecimentos que ficaram por narrar desvanece-se. Ou melhor, não a emoção de os ter vivido mas antes a melhor forma para transmitir aquilo que senti. No fundo, é uma questão de maior proximidade com o realismo, descrever as coisas como são, ou de expressionismo, apresentá-las de acordo com aquilo que nos fazem sentir. Ou metaforizando com o meu quadro preferido - o objectivo é o Starry Night, evolução artística do Starry Night Over the Rhone, ambos do Vincent. Só que toda a emoção que sou capaz de transmitir agora está ligada aos últimos dias em Santiago, aos quais tento desesperadamente agarrar-me.
Mas estive lá. E a história desta viagem, por muito que me agarre agora ao presente, faz parte já da minha vida e a oportunidade de a viver e, agora, de a contar foram outros dos motivos que me fizeram escolher o Chile.
O umbigo do mundo, ou Te pito o te henúa. Não sei porquê a razão por trás deste nome polinésico, mas é ideal para a encruzilhada, com três caminhos, em que me encontro, e a que trouxe o blog. Uma estrada leva-me de volta ao passado, onde vejo Rapa Nui (e o post que merece) qual cicatriz matriz de vida na Terra, de ligação ao ventre do Globo, pequena marca no Pacífico. Outra, que ainda atravesso, é Santiago do Chile, umbigo do meu mundo, do meu semestre, cicatriz que ficará para sempre marcada em mim, quando seguir para o outro caminho, que me fará cruzar a Sudamérica para depois me levar a casa, em Portugal.


PS - este post foi escrito depois de iniciado o próximo, o que descreve a viagem a Rapa Nui, mas tinha de ser feita esta introdução; para hora - fictícia - de entrada escolhi a dada pela soma das coordenadas de Rapa Nui (27º 7' S 109º 23' W), a partir da meia-noite.
Do que tenho vivido em Santiago nos últimos 20 dias tem afastado qualquer hipótese de passar muito tempo em Casa ou, se cá, do computador. A emoção dos acontecimentos que ficaram por narrar desvanece-se. Ou melhor, não a emoção de os ter vivido mas antes a melhor forma para transmitir aquilo que senti. No fundo, é uma questão de maior proximidade com o realismo, descrever as coisas como são, ou de expressionismo, apresentá-las de acordo com aquilo que nos fazem sentir. Ou metaforizando com o meu quadro preferido - o objectivo é o Starry Night, evolução artística do Starry Night Over the Rhone, ambos do Vincent. Só que toda a emoção que sou capaz de transmitir agora está ligada aos últimos dias em Santiago, aos quais tento desesperadamente agarrar-me.
Mas estive lá. E a história desta viagem, por muito que me agarre agora ao presente, faz parte já da minha vida e a oportunidade de a viver e, agora, de a contar foram outros dos motivos que me fizeram escolher o Chile.
O umbigo do mundo, ou Te pito o te henúa. Não sei porquê a razão por trás deste nome polinésico, mas é ideal para a encruzilhada, com três caminhos, em que me encontro, e a que trouxe o blog. Uma estrada leva-me de volta ao passado, onde vejo Rapa Nui (e o post que merece) qual cicatriz matriz de vida na Terra, de ligação ao ventre do Globo, pequena marca no Pacífico. Outra, que ainda atravesso, é Santiago do Chile, umbigo do meu mundo, do meu semestre, cicatriz que ficará para sempre marcada em mim, quando seguir para o outro caminho, que me fará cruzar a Sudamérica para depois me levar a casa, em Portugal.

[No umbigo do mundo ----------------------------------------- No umbigo do meu mundo]
PS - este post foi escrito depois de iniciado o próximo, o que descreve a viagem a Rapa Nui, mas tinha de ser feita esta introdução; para hora - fictícia - de entrada escolhi a dada pela soma das coordenadas de Rapa Nui (27º 7' S 109º 23' W), a partir da meia-noite.
4 comentários:
Até me sinto inibida de comentar, com tanta poesia e simbolismo com que não consigo competir!
Já sentia a falta de ler o que escreve, e fico à espera de ler sobre Rapa Nui, onde quero voltar logo que possível!
A explicação sobre pensarem ser o "umbigo do mundo": viajavam nas suas canoas em todas as direcções, e não encontravam terra nem sinais de outro povo... pensaram então estar sós no universo, e serem o seu centro.
(explicação fornecida pelo Esteban Rivas, nuestro guia en Rapa Nui - turismorapanui.blogspot.com
Vá lá dizer olá, que ele tava muito triste porque ainda nenhum estrangeiro tinha comentado o seu blog...)
E outra coisa: tanto gozava comigo sobre o meu talento fotográfico, afinal... até parece mesmo que está em cima do AHU, ao lado dos amigos
que inspirador... acho que o "umbigo" do mundo de cada nós muda ao longo da vida consoante as nossas aprendizagens e prioridades. Há momentos em que nem sequer temos a certeza de termos ou sabermos qual é esse centro de gravidade que nos faz circular em volta. Ainda bem que tem o seu bem identificado. É o primeiro passo para ter os pés na terra e dar sentido ao caminho pela frente... :)
Também queria ter ido ...
Sniff
Tamos quase a partir para la Sudamerica .. ahaha
Mano,
Ando cheia de saudades
suas...ja nem este blog me satisfaz!!preciso de tar consigo e saber que esta tudo bem, preciso de lhe contar tantas coisas que aconteceram nestes meses...
sinto que com o seu apoio (fisico, pq o outro sinto-o todos os dias mm em continentes separados) teria sido mais facil apagar esta nuvenzinha preta que nao me sai de cima...mas tambem sei que nada é por acaso, e que se calhar era preciso o meu anjinho protector estar longe, para eu ter que enfrentar sozinha estas adversidades...
e afinal...afinal ate tenho alguma resiliência inata..mas que poderia ser potenciada pela resiliencia familiar...ou não..explique me você, ja que escreveu esse capitulo da minha monografia!!!bemmm, mas la estou eu com as minhas conversas, ate parece que isto nao e publico!!!
va dando noticias, e traga me almofadas de cada pais que visitar, para o meu cantinho das almofadas ta?
Beijinhos do tamanho de todos os continentes, e oceanos, e mundos magicos, e tudo e tudo e tudo.........
Gosto tanto de si...
Nana
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