Ligo o iPod, phones nos ouvidos. Sem surpresa, a música começa a tocar, mesmo que sem pedido, e os acordes que se ouvem denunciam a música latina que aí vem.
Fecho os olhos, recosto-me ao banco. De fato aberto, gravata atirada para o primeiro canto escuro que encontro. Terminada a oral, descanso corpo e mente.
Abro os olhos, sou mais um vulto, no meio de caras semi-conhecidas, entre nomes esquecidos e os nunca aprendidos. A faculdade passa-me ao lado ou é que passei ao lado dela?
O calor abrasa, pequenas gotas de suor fogem do cabelo curto. Antecipo, não sei porquê – narcisismo? – conversas escondidas sobre mim, talvez daquelas duas raparigas ou daqueles tipos a discutir as aulas e os exames.
O ambiente de Direito – só quem o viveu é que o reconhece – sempre presente; uma mistura de sabedoria suprema com profundo sentimento de ignorância e insignificância.
Estou em Lisboa, mas nunca deixei Santiago. Ou estive em Santiago e nunca larguei Lisboa?
Nunca me deixei ir. Nem voltar. Agora não há nada a fazer; tenho de me recompôr, recuperar os estilhaços de mim mesmo, à deriva no Mundo; presos ou soltos?
Eu sei que não estou – não sou – livre. Ao menos que relembre, escreva, descreva a prisão onde livremente deixei o meu espírito fragmentado. Algures entre a Europa e a América do Sul. Um bocadinho em Santiago e outro em Lisboa. Ou o bocadinho de lá que está aqui comigo.
Fecho os olhos, recosto-me ao banco. De fato aberto, gravata atirada para o primeiro canto escuro que encontro. Terminada a oral, descanso corpo e mente.
Abro os olhos, sou mais um vulto, no meio de caras semi-conhecidas, entre nomes esquecidos e os nunca aprendidos. A faculdade passa-me ao lado ou é que passei ao lado dela?
O calor abrasa, pequenas gotas de suor fogem do cabelo curto. Antecipo, não sei porquê – narcisismo? – conversas escondidas sobre mim, talvez daquelas duas raparigas ou daqueles tipos a discutir as aulas e os exames.
O ambiente de Direito – só quem o viveu é que o reconhece – sempre presente; uma mistura de sabedoria suprema com profundo sentimento de ignorância e insignificância.
Estou em Lisboa, mas nunca deixei Santiago. Ou estive em Santiago e nunca larguei Lisboa?
Nunca me deixei ir. Nem voltar. Agora não há nada a fazer; tenho de me recompôr, recuperar os estilhaços de mim mesmo, à deriva no Mundo; presos ou soltos?
Eu sei que não estou – não sou – livre. Ao menos que relembre, escreva, descreva a prisão onde livremente deixei o meu espírito fragmentado. Algures entre a Europa e a América do Sul. Um bocadinho em Santiago e outro em Lisboa. Ou o bocadinho de lá que está aqui comigo.
3 comentários:
Eu bem sabia que estava a ser difícil...
acaba l� os exames para actualizar o blog, sff!
por cada terra que passamos fica um bocadinho de nós...espiritos fragmentados sofrem mas são muito mais ricos....balanço feito vai valer a pena
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