Ou Como chegar ao Fim do Mundo.
Näo é qualquer pessoa que vai à Tierra del Fuego. Daí a cumplicidade que se gera entre as pessoas que partilham o autocarro de Rio Gallegos para Rio Grande e, depois, para Ushuaia.
A nossa entrada no bus, tardia mas com estilo, é muito saudado e o espírito entre todas as pessoas é muito bom. Toda a gente mete conversa com toda a gente. "Son de Portugal? Yo tengo un apellido portugués - Pereira"; "Adonde va usted?". Oferece-se e reparte-se comida, ensina-se coisas sobre a Patagónia e a Tierra del Fuego.
O mais curioso é estas terras estarem divididas entre Chile e Argentina. Por quatro vezes passámos em Aduanas. Sai da Argentina. Entra no Chile. Sai do Chile. Entra na Argentina. Pelo meio viajamos por terras de ninguém, por terras disputadas e por algumas ainda defendidas por minas antipessoais. E cruzámos o Estreito de Magalhäes, num dia calmo, entrando assim na maior ilha da Sudamérico, baptizada por Magalhäes [traidor ao serviço de Espanha, segundo o meu Sancho Pança] ao ver as fogueiras dos nativos por trás das montanhas.
Aqui, picardias sobre petróleo, gás natural e pastos férteis à parte, sente-se a tal magia. No olhar íntimo das pessoas, nas paisagens, nos ventos polares que nos atacam sem piedade. Estamos a Sul. Estamos, Antártida à parte, no ponto mais a Sul do Mundo. Só o conceito é estranho o suficiente para por a cabeça a andar à roda e os pulmöes a respirar mais devagar. A realidade, meus amigos, a realidade do que se vê e se sente é indescritível.
Venham cá abaixo ver isto.
Näo é qualquer pessoa que vai à Tierra del Fuego. Daí a cumplicidade que se gera entre as pessoas que partilham o autocarro de Rio Gallegos para Rio Grande e, depois, para Ushuaia.
A nossa entrada no bus, tardia mas com estilo, é muito saudado e o espírito entre todas as pessoas é muito bom. Toda a gente mete conversa com toda a gente. "Son de Portugal? Yo tengo un apellido portugués - Pereira"; "Adonde va usted?". Oferece-se e reparte-se comida, ensina-se coisas sobre a Patagónia e a Tierra del Fuego.
O mais curioso é estas terras estarem divididas entre Chile e Argentina. Por quatro vezes passámos em Aduanas. Sai da Argentina. Entra no Chile. Sai do Chile. Entra na Argentina. Pelo meio viajamos por terras de ninguém, por terras disputadas e por algumas ainda defendidas por minas antipessoais. E cruzámos o Estreito de Magalhäes, num dia calmo, entrando assim na maior ilha da Sudamérico, baptizada por Magalhäes [traidor ao serviço de Espanha, segundo o meu Sancho Pança] ao ver as fogueiras dos nativos por trás das montanhas.
Aqui, picardias sobre petróleo, gás natural e pastos férteis à parte, sente-se a tal magia. No olhar íntimo das pessoas, nas paisagens, nos ventos polares que nos atacam sem piedade. Estamos a Sul. Estamos, Antártida à parte, no ponto mais a Sul do Mundo. Só o conceito é estranho o suficiente para por a cabeça a andar à roda e os pulmöes a respirar mais devagar. A realidade, meus amigos, a realidade do que se vê e se sente é indescritível.
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