De Lisboa a Santiago do Chile são, quase exactamente, 30 horas de distância.
Para mim foram.
Horinha de viagem tranquila para Madrid. Embrenho-me nas primeiras páginas do Harry Potter. Quando dou por mim estou em Barajas - 22 minutos para o Terminal U. Um comboio sem piloto abrevia esses minutos. Espero ao pé do gate. Mais Harry Potter, Expelliarmus, Avada Kedavra. Mais um avião, mais uma viagem.
«...srs.pasajeros no hay necesidad de entrar en panico, pero hay un fallo mecanico y no podemos traversar el Atlantico, tenemos que regresar a Madrid...»
Mas em vez de voltar logo, porque não dar umas voltinhas durante duas horas entre Madrid e Salamanca? Abre-se o bar, dá-se uns cacahuetes aos passageiros.
Quando aterramos ficamos parados durante uma meia-hora. Dá tempo para apreciar alguns dos planemates - um grupo folclórico chileno, de chapéu gaúcho; uns chilenos que iriam passar a viagem no dia seguinte a aproveitar o vinho do bar aberto do voo; um casal de italianos, no qual se destaca a ragazza, já de meia idade, de dicionário na mão - "ayer ha sido lo mismo, cabrones! cabrones!"; um chico mais velho, cabelo meio comprido, estilo mesclado entre surfista e bagpacker com algum dinheiro, que saca dum portátil minúsculo e começa a falar pela net móvel, webcam e tudo.
Empurrados para hotéis, quase sem explicações. Sem comida, recorre-se ao mini-bar, o sumo de pêssego mais caro da minha vida, e a um chocolate esmagado na mochila. E as broas que ficaram em Lisboa!
De novo, de manhã, arrastados para o aeroporto. O MacDonalds da moda. Nova viagem de comboio, agora para o Terminal R. E siga, mas 13 horas. Dá para acabar o Harry Potter. Ah é verdade, ele morre, lamento.
Para mim foram.
Horinha de viagem tranquila para Madrid. Embrenho-me nas primeiras páginas do Harry Potter. Quando dou por mim estou em Barajas - 22 minutos para o Terminal U. Um comboio sem piloto abrevia esses minutos. Espero ao pé do gate. Mais Harry Potter, Expelliarmus, Avada Kedavra. Mais um avião, mais uma viagem.
«...srs.pasajeros no hay necesidad de entrar en panico, pero hay un fallo mecanico y no podemos traversar el Atlantico, tenemos que regresar a Madrid...»
Mas em vez de voltar logo, porque não dar umas voltinhas durante duas horas entre Madrid e Salamanca? Abre-se o bar, dá-se uns cacahuetes aos passageiros.
Quando aterramos ficamos parados durante uma meia-hora. Dá tempo para apreciar alguns dos planemates - um grupo folclórico chileno, de chapéu gaúcho; uns chilenos que iriam passar a viagem no dia seguinte a aproveitar o vinho do bar aberto do voo; um casal de italianos, no qual se destaca a ragazza, já de meia idade, de dicionário na mão - "ayer ha sido lo mismo, cabrones! cabrones!"; um chico mais velho, cabelo meio comprido, estilo mesclado entre surfista e bagpacker com algum dinheiro, que saca dum portátil minúsculo e começa a falar pela net móvel, webcam e tudo.
Empurrados para hotéis, quase sem explicações. Sem comida, recorre-se ao mini-bar, o sumo de pêssego mais caro da minha vida, e a um chocolate esmagado na mochila. E as broas que ficaram em Lisboa!
De novo, de manhã, arrastados para o aeroporto. O MacDonalds da moda. Nova viagem de comboio, agora para o Terminal R. E siga, mas 13 horas. Dá para acabar o Harry Potter. Ah é verdade, ele morre, lamento.
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