Super-rápido.
Os espanhóis, ou os falantes de castelhano, anseiam por dar dinâmica ao seu idioma. Daqui o uso comum da expressão "super" (do latim supra, que significa acima).
Na verdade, foi muito rápido, ou acima de rápido, que passaram os últimos dias. De uma roda-viva quinta-feira à plácida segunda-feira de hoje, os dias correram para o infinito, naquilo que só posso traduzir como a minha adaptação à vida cá.
Quinta-feira, mais um dia sozinho. Todas as idas à faculdade contêm alguma tristeza. Não, não é a minha costela de ronha a falar. É que sou o único cá da casa que é de Direito, e o campus da Faculdade é diferente da de Gestão, Engenharia, etc. Saio de casa nos dias de aulas com alguma resignação neste trajecto solitário. Abstenho-me de ouvir música, sobretudo nos transportes públicos, para me habituar a escuchar o chileno, esse falso castelhano. Já sei o caminho de cor - 20min cogendo a Avenida Suecia até à estação de metro Los Leones; 1omin de metro (Pedro de Valdivia, Manuel Montt, Salvador, Baquedano) e Universidad Católica finalmente. Duas aulas, uma das 8.30h ás 9.50h, outra das 11.30h às 12.50h, passagem pela sala de computadores pelo meio. Almoço na faculdade, modo solitário mais uma vez, para depois ir trocar as asignaturas que tenho por outras mais úteis. Hummm ainda bem que fui a estas aulas, agora que já não estou inscrito nestas cadeiras.
Depois das aulas, voltinha comercial por Santiago. Início na zona de Plaza de Armas - corresponde a uma parte do centro. Dou uma volta pela Calle Bandera, em busca de roupa de neve em segunda mão. Tudo muito barato - cerca de 10.000 pesos/13 € umas calças, o dobro para casaco - mas, convenhamos, tudo muito mau. E a minha roupa da neve em Lisboa, bem embaladinha, pronta para vir. Decido cometer loucuras - vamos comprar roupa a sério, mas barata. Sigo para a Avenida que liga o centro aos Andes - a Apoquindo, completada pelas Las Condes - depois da estação de metro Escuela Militar. [para uma noção melhor, ver plano de metro aqui] Depois de alguma hesitação, compro umas calças/jardineira baratinhas, um casaco óptimo da Peak (marca branca chilena da Columbia), uns óculos razoáveis e um capacete delicioso, com phones incorporados. Este último a minha grande compra - até porque segurança acima de tudo. Foi barato, para os padrões europeus, mas doeu, como dói sempre, comprar roupa à tonelada e gastar dinheiro.
Para terminar o dia, o primeiro cineminha no Chile. "Duro de Matar 4.0" - pipocada e pepsi no The Hoyts, uma espécie de Alvaláxia de Santiago. Ah é verdade, não dobram os filmes, os chilenos, põem só legendas. Sobem mais na minha consideração.
Sexta-feira, 17. Tocando La Cordillera pela primeira vez, com viagem a Valle Nevado para fazer snowboard. Primeiro contacto com os demais portugueses. Dia com honras de post próprio.
Segue-se outro fim-de-semana de caña. Sábado, outro partidazo - do primeiro não reza a história, quanto mais a lenda, por falta de condições para a prática da modalidade (piso encharcado); jogo empatado, último minuto, a bola sobe para o lado esquerdo do ataque, o domínio é bom, puxa a bola para dentro, ela salta e quando desce...está lá dentro, o português resolve. À noite, conhecer a casa de um dos grupos de portugueses. Apartamento enorme, vista assombrosa para a cidade e, que mais, para os Andes. Pagam o mesmo que eu (nem 200 €), cada um... A casa deles cá é melhor do que a minha, e a deles, em Lisboa. Não há palavras para mais.
Domingo calmo, a arrumar o quarto.
Mais arrumos hoje, segunda, com lavagem de roupa pelo meio. E actualização do blog.
Como vêem... Super-rápido.
Os espanhóis, ou os falantes de castelhano, anseiam por dar dinâmica ao seu idioma. Daqui o uso comum da expressão "super" (do latim supra, que significa acima).
Na verdade, foi muito rápido, ou acima de rápido, que passaram os últimos dias. De uma roda-viva quinta-feira à plácida segunda-feira de hoje, os dias correram para o infinito, naquilo que só posso traduzir como a minha adaptação à vida cá.
Quinta-feira, mais um dia sozinho. Todas as idas à faculdade contêm alguma tristeza. Não, não é a minha costela de ronha a falar. É que sou o único cá da casa que é de Direito, e o campus da Faculdade é diferente da de Gestão, Engenharia, etc. Saio de casa nos dias de aulas com alguma resignação neste trajecto solitário. Abstenho-me de ouvir música, sobretudo nos transportes públicos, para me habituar a escuchar o chileno, esse falso castelhano. Já sei o caminho de cor - 20min cogendo a Avenida Suecia até à estação de metro Los Leones; 1omin de metro (Pedro de Valdivia, Manuel Montt, Salvador, Baquedano) e Universidad Católica finalmente. Duas aulas, uma das 8.30h ás 9.50h, outra das 11.30h às 12.50h, passagem pela sala de computadores pelo meio. Almoço na faculdade, modo solitário mais uma vez, para depois ir trocar as asignaturas que tenho por outras mais úteis. Hummm ainda bem que fui a estas aulas, agora que já não estou inscrito nestas cadeiras.
Depois das aulas, voltinha comercial por Santiago. Início na zona de Plaza de Armas - corresponde a uma parte do centro. Dou uma volta pela Calle Bandera, em busca de roupa de neve em segunda mão. Tudo muito barato - cerca de 10.000 pesos/13 € umas calças, o dobro para casaco - mas, convenhamos, tudo muito mau. E a minha roupa da neve em Lisboa, bem embaladinha, pronta para vir. Decido cometer loucuras - vamos comprar roupa a sério, mas barata. Sigo para a Avenida que liga o centro aos Andes - a Apoquindo, completada pelas Las Condes - depois da estação de metro Escuela Militar. [para uma noção melhor, ver plano de metro aqui] Depois de alguma hesitação, compro umas calças/jardineira baratinhas, um casaco óptimo da Peak (marca branca chilena da Columbia), uns óculos razoáveis e um capacete delicioso, com phones incorporados. Este último a minha grande compra - até porque segurança acima de tudo. Foi barato, para os padrões europeus, mas doeu, como dói sempre, comprar roupa à tonelada e gastar dinheiro.
Para terminar o dia, o primeiro cineminha no Chile. "Duro de Matar 4.0" - pipocada e pepsi no The Hoyts, uma espécie de Alvaláxia de Santiago. Ah é verdade, não dobram os filmes, os chilenos, põem só legendas. Sobem mais na minha consideração.
Sexta-feira, 17. Tocando La Cordillera pela primeira vez, com viagem a Valle Nevado para fazer snowboard. Primeiro contacto com os demais portugueses. Dia com honras de post próprio.
Segue-se outro fim-de-semana de caña. Sábado, outro partidazo - do primeiro não reza a história, quanto mais a lenda, por falta de condições para a prática da modalidade (piso encharcado); jogo empatado, último minuto, a bola sobe para o lado esquerdo do ataque, o domínio é bom, puxa a bola para dentro, ela salta e quando desce...está lá dentro, o português resolve. À noite, conhecer a casa de um dos grupos de portugueses. Apartamento enorme, vista assombrosa para a cidade e, que mais, para os Andes. Pagam o mesmo que eu (nem 200 €), cada um... A casa deles cá é melhor do que a minha, e a deles, em Lisboa. Não há palavras para mais.
Domingo calmo, a arrumar o quarto.
Mais arrumos hoje, segunda, com lavagem de roupa pelo meio. E actualização do blog.
Como vêem... Super-rápido.
1 comentário:
Eu tenho ido à praia .....
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