Desde já aviso que devo uma parrillada, um post sobre uma quarta-feira à tarde, outro sobre o "fumogo" e ainda um sobre um número mágico. Antes de avançar para esses quatro, prefiro falar sobre uma manhã de sábado em Santiago.
Imaginem um corpo moído pelo ginásio e por várias noites de pouco sono. Agora a pressão feita pelo Juan e o Joaquín, espanhol e equatoriano, para sair com eles. Recuso-me e passo a noite de sexta-feira a ver filmes, quase até às cinco da manhã.
Não dormia fazia três horas quando chegam eles do seu carrete, insistindo para que me ponha chancho. Já diz o velho e sábio povo - "se não os podes vencer, junta-te a eles". Após dez minutos de tentativas frustradas de me entrarem no quarto pela janela lá vou com eles para a sala, onde esperam que chegue a Maria, a nossa "segunda mãe", para bailar com ela.
Vá de acordar mais gente. O Roberto, do Equador, o Tuomas, da Finlândia, o Matthew, da Nova Zelândia/Irelanda. Pelo caminho, baixas colaterais; raparigas que acordam com o barulho - Bianca, da Bélgica, Michaela, da Áustria, e Amanda, do Chile. Mas animado. Ao menos até a Karla, do México, descer do seu quarto, indignada com o barulho. Fim de fiesta.
Não. Tocam à porta. Dois embrulhos que facilmente reconheço como sendo dos CTT entram pela porta. A um sábado de manhã, correio que chega da família, em Portugal. «Es mío, es mío». Qual Manelinho em plena manhã de Natal corro a guardá-los no quarto. Agora que já todos estão a caminho, finalmente, das suas camas, e a Maria fica sozinha a limpar a casa, posso ter o meu pequeno momento de felicidade infantil.
Os embrulhos estão aqui já em cima da cama. Vou abrir e voltar a dormir, de certeza que embalado por um sorriso largo de criança.
1 comentário:
E o que é que tinham os embrulhos? Suplico que conte!!!
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